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Uma Visão Sobre Escolhas Alimentares & Atividade Física em Tempos de Fim do Mundo

Preferi esperar a poeira baixar, dar tempo de nos adaptarmos a nova realidade em relação a pandemia com a qual ainda estamos lidando, antes de trazer alguns pontos que podem servir de verdadeiras pérolas para todos nós, tanto onívoros (aqueles que comem de tudo), quanto vegetarianos (aqueles que restringem parcialmente ou completamente o consumo de produtos de origem animal). De fato, não imaginei que passaríamos por isso;  já demos adeus a mais de um milhão de vidas (e subindo...) ( WORLDOMETERS, 2020 ) por conta de um vírus que tende a ser ainda mais perigoso quando infecta portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma, assim como obesos e indivíduos acima de 60 anos ( CENTRO DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS, 2020 ). Nos escondemos atrás de máscaras e litros de álcool em gel, mas sem nós dar conta de que através do desenvolvimento de Fitness (Hábitos Saudáveis, Educação Física e Nutrição), poderíamos prevenir não só as chances de termos graves complicações ao li

Ouvindo Seu Corpo: Quando o Ultra-som e Raio X Não São o Bastante

Você se machucou? Sentiu algo saindo do lugar. Alguma dor fora do comum? Vá ao médico, procure um fisioterapeuta, mas acima de tudo, procure a opinião de um profissional. O corpo é o único bem que você tem, ele é realmente seu e não pode ser substituído. Não brinque de super-herói, pois na vida, ao contrário dos filmes, não temos dublês para as cenas mais difíceis.

Há mais ou menos oito meses atrás, machuquei meu ombro enquanto seguia uma rotina pesada (e desnecessária) de treinos, trabalhando na evolução do muscle-up, um movimento ginástico muito técnico.


Foi em uma manhã de segunda, ao realizar um simples movimento de puxada na barra que senti uma dor aguda que a partir daquele momento passou a me incomodar em quase tudo o que fazia.

A primeira solução encontrada foi dar descanso para o corpo, porém isso não foi o bastante, já que eu não podia aceitar que estava realmente lesionado.

Daí comecei a utilizar gelo, que aliviava bastante a dor de causa desconhecida, e depois de alguns treinos em que sai angustiado por não me sentir bem, cheguei até mesmo a optar por anti-inflamatórios.

Com a diminuição da dor, tentei retornar aos treinos para daí descobrir que sem os medicamentos a dor era ainda mais forte, já que os mesmos tendem a diminuir o sintoma (inflamação), mas não curam a causa do problema (a lesão em si).

Finalmente, depois de meses, resolvi ir ao médico que me deu um encaminhamento para que eu fizesse uma ressonância magnética do ombro. Voltei ao mesmo e ele me explicou que a lesão (Lesão do SLAP: Superior Labrum Anterior Posterior) deveria ser corrigida por cirurgia. No momento, me senti motivado a operar, já que acredito no que ele me explicou naquele dia: Certas cartilagens e articulações de nosso corpo, uma vez danificadas nunca voltam a ser como eram.


Porém, depois de alguns dias, analisando melhor, resolvi que esperaria mais um pouco. Decidi que valia a pena abrir mão de fazer um ou outro movimento na hora dos treinos, ao invés de ter que operar um ombro que um dia, como minha mãe mesmo diz "foi entregue perfeito".

Semanas depois da decisão de não operar, a surpresa: A dor do meu ombro não existe mais, eu voltei a treinar com força total, e melhorei inclusive o tal do muscle-up! Mas então, qual a explicação? Milagre? Nada. A própria ciência explica.



Quando usamos ressonâncias magnéticas e raios-x para analisar vértebras, ossos e articulações é comum encontrarmos anormalidades e assimetrias. Essas características fora do comum, aos olhos do paciente, fazem o mesmo pensar que ele está "quebrado", quando na verdade muitas dessas anomalias sempre fizeram parte do funcionamento normal de seu corpo.

O fato de seu quadril ser envolto por cartilagens menos espessas de um lado, do que no outro; ter um joelho com aparente dano nos ligamentos; ou até mesmo uma coluna que parece mais uma fábrica de hérnias de disco, assim como um retrato pleno do que é escoliose, não são o suficiente para diagnosticar a causa total de sua dor, lesão ou disfunção de movimento.

Procurar um ortopedista que possa nos auxiliar no diagnóstico, talvez seja a melhor opção, mas contar também com a segunda opinião de outros profissionais, incluído fisioterapeutas parece ser uma atitude adequada a fim de não tomarmos decisões precipitadas.

Muitos são os médicos que farão de tudo para operar, assim como muitos serão os fisioterapeutas, quiropratas, acupunturistas e treinadores que farão de tudo para nos convencer de que a solução oferecida por eles é a mais sensata. Cada um levanta sua bandeira e se guia por sua própria área de conhecimento.

Ainda assim, cabe a nós decidirmos qual o melhor caminho a seguir. Eu optei por esperar um pouco mais, já que meu médico foi bem sincero ao explicar que a recuperação é lenta, os resultados não são 100% garantidos e que sim, eu poderia a voltar a me machucar no futuro.

Acredito sim que em determinados momentos operar seja uma boa opção, mas creio que muitos de nós poderíamos nos beneficiar de repouso adequado, correção de movimentos básicos do corpo, fortalecimento muscular, reeducação postural, fisioterapia, acupuntura e nutrição por melhores resultados, isso tudo, sem a necessidade de entrar na faca.

Acima de tudo, converse com seu corpo, pois faculdade nenhuma, mestrado algum, seja qual for a especialização, dará a alguém mais controle sobre o seu bem-estar do que o quê você já tem por viver dentro dele todos os dias. Seu corpo é único. Nenhum corpo é igual. Viva suas individualidades.

Força. Que Cada Cicatriz Seja Uma Janela Para O Aprendizado.

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