Preferi esperar a poeira baixar, dar tempo de nos adaptarmos a nova realidade em relação a pandemia com a qual ainda estamos lidando, antes de trazer alguns pontos que podem servir de verdadeiras pérolas para todos nós, tanto onívoros (aqueles que comem de tudo), quanto vegetarianos (aqueles que restringem parcialmente ou completamente o consumo de produtos de origem animal). De fato, não imaginei que passaríamos por isso; já demos adeus a mais de um milhão de vidas (e subindo...) ( WORLDOMETERS, 2020 ) por conta de um vírus que tende a ser ainda mais perigoso quando infecta portadores de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, asma, assim como obesos e indivíduos acima de 60 anos ( CENTRO DE CONTROLE E PREVENÇÃO DE DOENÇAS, 2020 ). Nos escondemos atrás de máscaras e litros de álcool em gel, mas sem nós dar conta de que através do desenvolvimento de Fitness (Hábitos Saudáveis, Educação Física e Nutrição), poderíamos prevenir não só as chances de termos graves complicações ao li
Comer saudável não é caro. E nem mesmo precisa ser uma questão de saber pechinchar ou coisas do gênero. É uma realidade que antes de tudo, em nossas cabeças tão cheias de preocupações e conflitos, precisa passar de luxo ou sacrifício, para uma necessidade que não pode ser deixada de lado.
Minha refeição mais comum, custa exatamente R$ 3.44. Comprando o azeite mais barato, peito de frango inteiro, batata na promoção e pimenta a granel.
R$ 0.90 300g batata doce
R$ 1.80 300g peito de frango
R$ 0.54 2 colheres de azeite de oliva extra-virgem
R$.0.10 1 colher de pimenta calabresa em flocos
Por Que Eu Deveria Comer Saudável?
Alguns aprendem nos livros e diversos meios de informação que nem sempre estão disponíveis para todos. Outros copiando seus pais, outros motivados por suas personalidades favoritas, e outros na marra, lidando com a perda de parentes, amigos e conhecidos por enfermidades, que mesmo que talvez não pudessem ter sido evitadas, poderiam ser encaradas de maneira diferente, se os indivíduos não fossem sedentários, tivessem pressão alta, artrite, artrose, excesso de gordura, diabetes, etc.
Uma vez que você encontre verdadeiramente seu motivo, passará a ter mais paciência com aqueles estereótipos que vão olhar para o seu prato e dizer:
A Tia: Eu bem que queria comer assim.
A Conhecida do Trabalho: Nossa, vai comer isso tudo?
O Filósofo: A vida é muito mais do que um corpo.
O Negativista: No final tudo virá pó, adianta nada.
A Dissecadora de Pratos Alheios: Que que é isso? Que vida chata.
O Fumante Beberrão: Loucura, não tenho dinheiro para isso não.
A Dieteira Milagrosa: Eu até que tentei a comer isso aí por sete dias, e nada, daí parei.
O Coroa Nostálgico: Não adianta nada olha (apontando para a barriga), eu também era assim.
O Futurista Extremista: Semana que vem, já era, também vou ficar comendo só frango e água.
A lista poderia se estender absurdamente, mas a ideia é apenas mostrar que tudo segue sendo impossível até que você prove para si mesmo o oposto.
Uma vez que você entenda a necessidade, entra outra questão controversa: O que é saudável? Vegetarianismo, Veganismo, Dieta da Proteína, Dieta da Zona, Dieta de Baixos Carboidratos, Dieta Crua, Dieta Paleolítica, o que diz a ciência?
A ciência sempre permanece em constante mudança, para todo estudo favorável existe pelo menos um outro contra.
Veja o exemplo: Passei alguns meses ingerindo mais carboidratos do que de costume, por conta de um programa para ganho de peso. Optei por incluir arroz integral convencional, porém fui descobrir com alguns cliques no Google pelo menos três fontes diferentes apontando que o branco, apesar de ter menos nutrientes, é menos prejudicial a longo prazo. pois não contém tantos resquícios de agrotóxicos utilizados, principalmente Arsênio (1,2,3).
Até ali, vivi acreditando no contrário? Sim. Mudei para o branco? Não. Apenas parei de comer, pois não é algo que sinto falta no prato, e pode muito bem ser substituído. Mediante a necessidade ou vontade, comprarei provavelmente um orgânico, ou se der vontade, até mesmo o que vinha comendo, com a diferença de que agora sei que o excesso poderia ser prejudicial.
Mas mesmo em meio a tantas dúvidas, o que todas essas dietas tem em comum?
Coma alimentos não processados, balanceando frutas, verduras, legumes, nozes, castanhas, sementes, óleos extra-virgem, ervas e muitas folhas. Evitando a adição de sal e o açúcar. Optar por alimentos livres de químicos, refinados, aditivos e conservantes. Um dieta com ou sem inclusão de produtos de origem animal, mas que sempre atende a necessidade de nutrientes e energia de cada indivíduo.
Lembrando que quanto aos nutrientes me refiro aos micronutrientes (vitaminas e minerais) e os macronutrientes (carboidratos, proteínas, gorduras), uma variedade de todos é crucial.
Se você, optará por orgânico, vai ou não eliminar o arroz, comerá ou não produtos de origem animal, são escolhas que não dependem de estudos científicos, minha opinião ou de quem quer que seja, e sim de sua capacidade de ser consistente com suas escolhas, sem abrir mão do prazer de comer o que gosta e o que você sente que lhe faz bem.
Aquela mesma gordurinha que o doutor poderia dizer que faz mal para o coração, de maneira moderada, pode ser tudo o que você precisa para se sentir mais confortável comendo aquele pratão de salada.
Força. E Siga Aprendendo a Cada Refeição.